Ferramentas e mais ferramentas, recursos e mais recurso, e… o tempo?!

Depois de ter quase terminado o curso do Centro Autonómico de Formação e Inovação da Junta da Galiza intitulado “Ambientes persoais de aprendizaxe e redes sociais na educación (PLE e PLN)” fico com uma sensação com uma nuance amarga. Aroveitei o curso e fui acompanhando-o bastante bem, mas achei um par das atividades pouco significativas talvez para o propósito final.

Por outro lado sim que me resultou súper útil para retomar os meus dois blogues há tempo criados e nunca mais usados, para tentar começar a dar-lhes forma e conteúdos.

A sensação geral a cada vez que realizo um curso em linha (bem seja como criadora-tutora, bem como aluna), e, sobretudo, quando é de novas tecnologias, costuma ser a de que o cérebro cracha, o coração ulcerado bate em palpites cada vez mais fortes e quase sai pela boca, os meus nervos ficam em franja, queimo as pestanas no computador, fico com os cabelos em pé e afinal é tudo…

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E cada vez que conheço e começo a usar novas ferramentas digitais parece que o meu computador começa a deitar fume e não há processador que chegue para tanta ferramenta, tanta utilidade e tanta informação.

E cada vez mais pergunto-me, onde fica a vida real?

Para concluir com a tarefa segundo o que me foi pedido, comento:

  1. Projeção para o futuro: pouca além da que já tenho; a razãos é que já uso muitas das ferramentas que aqui foram referidas mas no fim não deixam de ser isso, ferramentas, e sem uma boa pedagogia e didática, sem saber o que queremos ensinar e porquê, sem tempo para preprarar bem os materias, etc, não servem de muito. Contudo, como digo já uso ferramentas que aqui vimos como o drive ou o dropbox como repositórios de materiais e como espaços de realização de atividades colaborativas pontuais com as pessoas alunas e, também, com colegas de trabalho.
  2. Ferramentas que já uso e como:
    • twitter: até ahora mais a nível pessoal do que profissional, mas serve-me para ficar a conhecer algumas novas de interesse sobretudo
    • google sites: usei-o para elaborar uma wiki colaborativa junto da companheira Xenma Tedín criando a unidade didática Repórteres especialistas e que acabo de atualizar para a nova versão de google sites e já não sei se fiz asneira!
    • blogue: pois tinha dois criados, mas nunca mais tenho tempo para os encher…
      • este mesmo com um caráter mais docente e profissional
      • este outro que algum dia usarei com um caráter mais pessoal e literário
    • diigo: já tinha usado nalguma ocasião mas não vejo muito utilidade além da mesma que têm os marcadores do explorador;
    • pinterest: já tinha usado também e… tinha esquecido que existia, vou usar mais para dar imputs para as expressões orais nas aulas;
    • feddly: não conhecia e achei interessante mas continuo com o mesmo problema, encho o feddly de ligações e depois embora estejam organizadas é um excesso de informação na mesma!
    • googledocs: uso e usarei a toda a hora, é magnífico!
    • dropbox: já usei mais do que uso, comecei há mais de 10 anos a usá-lo se não lembro mal, como ferramenta de aulas, agora com o drive faço o mesmo de um só lugar…
    • wikis: pois isso, usei o de google sites classic para fazer uma uma vez, gostaria de ter tempo para poder fazer mais.

Gostaria ainda de comentar os prós e contras, do meu ponto de vista, do uso das novas tecnologias e das ferramentas em linha na educação:

  1. PRÓS:
    • são muito visuais e algo mais interativos por vezes;
    • dão imensas possibilidades à hora de explorarmos informações e recursos;
    • evitam o uso excessivo de papel que fazemos normalmente;
    • cada dia são mais amáveis ao uso e mais práticos no seu desenvolvimento a nível de pessoas usuárias médias;
  2. CONTRAS:
    • precisam de muito tempo e dedicação;
    • não todas as pessoas conseguem usá-los (nem ao mesmo nível de uso) e portanto não favorecem um processo de ensino-aprendizagenm inclusivo;
    • ficam desatualizadas muito rapidamente e/ou obsoletas, ainda hoje acabei de ver que encerram google+;
    • as versões mais ótimas e úteis, normalmente, são para usuários premium que há que pagar, portanto estamos a “privatizar” o acesso a conteúdos e ferramentas de alguma maneira e portanto a elitizar o processo de ensino-aprendizagem;
    • problemas de cesão de dados pessoais e de seguraça na rede, cada dia mais grandes corporações são donas das nossas vidas virtuais e das nosssas informações pessoais;

Para finalizar deixo aqui esta ligação a um blogue onde fica plasmada num simpático poema um pouco a minha sensação e experiência.

Curar ou apurar conteúdos?

Eis esta a questão que nos ocupa. Quando escrevemos um blogue, como este onde nem tudo é inédito devemos ter a pachorra e o cuidado de ter um bom proceder. Para isso deveremos seguir os seguintes passos:

  1. fazer uma procura exaustiva de conteúdo fiável sobre aquilo que queremos tratar;
  2. selecionar e escolher quais as melhores ideias e qual a/s melhor/es fonte/s e… citá-las sempre!
  3. refazer essa informação “à nossa maneira”, e acrescentar novas informações, comentários, análises, críticas que contribuam para dar um novo valor à informação;
  4. divulgar ou publicar a nova-velha informação;

Segundo o blogue de Edson Caldas Jr, existem dois tipos de curadoria de conteúdos:

  • Curadoria em tempo real: mais imediata, sem modificações, apenas pode levar algum comentário > partilha de conteúdos simples.
  • Curadoria mais madura (curation hub): não tão imediata, com modificações e alterações, com reflexão, quando já elaboramos a nossa postagem, etc > partilha de conteúdos mais complexa com alguma análise e modificação.

O processo de curadoria de conteúdos é um processo fulcral em qualquer processo de ensino-aprendizagem; dado que, no fundo, é aquilo que estamos constantemente a fazer devido à incapacidade e total inviabilidade de abrangermos toda a informação sobre um tema determinado. Sendo que nos vemos na necessidade de realizarmos uma cuidada seleção da informação mais relevante. Assim mesmo, o processo de curadoria constitui o desenvolvimento da capacidade crítica e de discriminação sobre aquelas informações que achamos mais exatas segundo determinados parámetros (sociais, científicos, ideológicos, práticos, etc) para o nosso propósito ou fim determinado.

Segundo este outro blogue, viverdeblogue, os 3 principais objetivos de um conteúdo são:

1.Divertir: precisa apelar para as emoções das pessoas para gerar um desejo de compartilhar.
2.Educar: voltado principalmente para a parcela do público que não conhece bem seus produtos e serviços ainda. Também precisa ser interessante para gerar um alto número de compartilhamentos.
3.Converter: técnicas de persuasão e copywriting são bem-vindas nesse tipo de conteúdo que tem como foco principal convencer o consumidor aos poucos e usando as emoções, matando as objeções e relacionando os produtos e serviços aos maiores desejos dos possíveis clientes.

O último aspeto, e mais importante, de uma boa curadoria de conteúdos acho que é, no meu entender, a verdadeira apuração dos mesmos. De nada servirá saber muito bem selecionar informações se não formos capazes de as reestruturar, refazer, reinventar, analisar, emendar, corrigir, ampliar, reduzir, etc… Eis a cereja do bolo da curadoria de conteúdos! Portanto, apurar também é necessário e ineludível à hora de darmos a conhecer um conteúdo.

E aqui encontra-se também a fulcral diferença, para mim, do sucesso no processo de ensino-aprendizagem: não chega com aprendermos, é necessário apreendeermos.

Finalmente, para podermos realizar uma boa curadoria de conteúdos é preciso termos um bom acesso às fontes de informação, fiáveis e variadas. Sendo que, entram logo aqui em ação certas ferramentas que nos podem ajudar a chegar de uma maneira rápida e fiável a informações de interesse, fica aqui uma imagem, que vale mais que mil palavras, com algumas delas:

Para aquelas pessoas que quiserem aprofundar mais um pouco em como melhorarem as técnicas de produção de conteúdos deixamos aqui uma outra ligação a um outro blogue que dá dicas e manuais concretos somo como fazê-lo melhor ainda. Pois vamos lá! já podemos começar a re-criarmos conteúdos e informações!